A trovoada

Uma luz branca
que me ofuscava os olhos
riscava a escura tarde
e a temerosa noite.
Fazia nos céus um desenho
que eu não conhecia na forma das coisas
ao mesmo tempo que um clamor imenso
me assustava.
E por quê,
Se eu era um menino
a quem não era preciso ralhar?
Em Mó de Alabastro, J. N. Pereira Pinto