ANGÚSTIA
Pergunto à noite ponteada de mistériopor que «é»
e ela queda-se na mudez lucilante da angústia.
E pergunto à madrugada
por que desabrocha
e ela chora no orvalho do seu silêncio.
E pergunto à manhã
por que ri
e ela agoniza no canto da cotovia.
Apocalipse, J. N. Pereira Pinto
(1983)